De volta do hospital e com as coisas entrando em seus eixos, finalmente há tempo para por o blog em dia. (Mais uma vez, escrevo o post baseado no da Kathrin.) Então, sim, ele finalmente está aqui, forte e saudável, normalmente com fome ou sono e, claro, lindo. :-)
Os dados usuais:
E sim, ele é mesmo um Daniel! ;-)
Os dados usuais:
Dia do nascimento: | 18 de julho de 2009 |
Hora do nascimento: | 19h |
Peso: | 3650 g |
Comprimento: | 54 cm |
Circunferência da cabeça: | 35 cm |
E sim, ele é mesmo um Daniel! ;-)
Ele nos fez esperar um bocado - na data estimada para o parto (segunda, 13 de julho), não havia sinal algum de que ele gostaria de sair de lá tão cedo. Já começávamos a recear que uma indução ou mesmo uma cesária seria necessário, então foi um grande alívio quando, na consulta de quarta, a cabeça tinha descido o bastante e a CTG (cardiotocografia) detectou as primeiras ligeiras contrações, com o trabalho de parto podendo se iniciar a qualquer momento... Mas ainda com nada mais acontecendo - nos disseram para voltar na sexta e fomos de volta para casa para continuar a esperar. (Ok, a gente não ficou esperando o dia todo. Com o ok da médica, usamos o tempo extra para finalmente usar as antigas entradas grátis [de boas-vindas à Aalen] para nos refrescar na piscina pública...) Nenhum sinal o dia todo mas, finalmente, quando fomos dormir, Kathrin começou a sentir as primeiras contrações - não doíam, mas incomodavam o bastante para impedi-la de pegar no sono durante a noite toda. Ela já esperava/tinha esperanças de que poderíamos ir para o hospital na quinta mas, depois que ela se levantou, não sentiu nada durante todo o dia e à noite até pode dormir. Finalmente, na manhã de sexta, ela sentia as contrações de novo, por vezes até um tanto dolorosas e, depois de outro CTG, a médica disse que o Daniel poderia nascer já naquele mesmo dia! Depois da experiência de quinta-feira, contudo, ela estava um tanto cética e, de fato, pouco aconteceu durante boa parte do dia. Somente à noite, deitada por um tempo para assistir a uns filmes, ela começou a sentir as contrações de novo, dessa vez claramente dolorosas. Mas elas ficavam mais fracas quando a Kathrin levantava e foi só quando elas foram se tornando mais frequentes e ficou claro que ela não conseguiria dormir durante à noite, que nós decidimos ir par ao hospital, por volta das 2h da manhã.
Chegando no hospital, achávamos que talvez eles fossem nos mandar de volta para casa, dado que as contrações ainda eram relativamente fracas. Mas quando eles verificaram que ela já estava dilatada em 2 cm, decidiram por nos fazer ficar. Provavelmente um grande erro, porque a partir daquele momento as coisas começaram a ser um bocado desagradáveis. Começou com a médica colocando um cateter intravenoso no braço da Kathrin, que ela pediu que só fosse colocado apenas quando e se absolutamente necessário, uma vez que ela odeia profundamente o "apêndice". Mas eles continuaram insistindo até que ela desistiu de resistir, e seu braço esquerdo, ela sentia, tornou-se então "deficiente" e "doente"... O ponto seguinte é que a sala em que estávamos tinha basicamente apenas uma cama e duas banquetinhas, provavelmente para apoiar uma bolsa ou coisa assim. Dado que a Kathrin já tinha percebido nos dois dias anteriores que a dor piorava bastante quando ela deitava, ela pediu se eles teriam uma cadeira mais confortável mas a única coisa que eles puderam oferecer foi uma grande bola com ar para exercícios, de que tanto se gosta por aqui em salas de parto. Ok, melhor do que deitar, então ela aceitou a bola, enquanto eu tomei a cama e lá ficamos esperando, nada à vontade ou confortáveis... Tanto que foi um alívio quando sugeriram que, sendo tarde da noite, ambos fôssemos para um quarto onde pudéssemos deitar e tentar dormir. Boa idéia, se tivesse funcionado mas, como antes, deitar apenas piorou a dor consideravelmente e, em duas horas, estava insuportável. A Kathrin tentou sentar, mas na cama semi-inclinada era desconfortável, e ela não conseguia usar os controles. Ela tentou levantar e sentar em algum lugar mas, novamente, havia apenas as banquetas inúteis e o chão desnudo do hospital, então ela rapidamente desistiu da ideia. Assim, quando eu acordei e a parteira veio dar uma olhada, a Kathrin já se sentia completamente horrível. E quando a parteira verificou que a dilatação tinha estacionado, Kathrin estava pronta para uma anestesia epidural.
No hospital, pouco depois de nossa chegada (2:30 da manhã) e na manhã seguinte (11:00).
Em si mesmo isso já foi um "procedimento" - presa a cateteres extras e tendo que sentar imóvel apesar das fortes contrações enquanto mexiam com sua espinha, a Kathrin sentia suas pernas levando choques elétricos e chutando aleatoriamente. Mas pelo menos depois disso ela dormiu boa parte da manhã e início da tarde, especialmente porque uma de suas pernas estava completamente entorpecida com a epidural e, além disso, com toda sorte de cabos presos a ela, ela não teria mesmo ânimo para se mexer muito... Enquanto isso, terminei de ler um livro para pais, fui para casa pegar um novo e comecei esse outro livro... Então, mais uma mudança de turno e uma nova parteira, que rapidamente mostrou seu gosto por intervenções drásticas quando houve uma curta queda na frequência cardíaca do Daniel (como algumas outras vezes antes, durante contrações, que se recuperava em segundos). Desta vez ela correu para fora da sala para chamar um médico, enfiou uma injeção de adrenalina nas veias da Kathrin (depois das pulsações do Daniel já terem se normalizado!!!) e fez a Kathrin respirar por uma máscara de oxigênio, imaginando o que diabos estaria acontecendo então. O próximo passo foi dar à Kathrin uma medicação de indução, para levar a contrações mais fortes para a última fase do parto. Quando a Kathrin se mostrou incomodada e relutante com esses procedimentos adicionais (e outros que omito para economizar espaço), que duvidava serem realmente necessários, a parteira começou a insistir e justificar de tal maneira que fez a Kathrin se sentir bem desconfortável, até acabar apenas acenando com a cabeça e concordando com tudo, sem sentir que teria de fato alguma opção...
Finalmente, por volta das 4h ou 5h da tarde estava chegando a hora de começar a empurrar mas, de alguma forma Daniel ainda não queria vir. Então a Kathrin gastou um longo tempo virando de um lado para o outro na esperança de ajudá-lo, sem sucesso. Supostamente ela deveria tentar outras posições, mas com a perna paralisada era impossível. Ela também teve que empurrar, mesmo com ele ainda não tendo descido o suficiente e isso também não adiantou nada. Reduzir a anestesia não ajudou a perna, não ajudou as contrações, mas pelo menos não foi completamente sem efeito, dado que a Kathrin voltou a sentir dor... ;-) No final, depois que todo o resto falhou, eles tiveram que usar a ventosa e "abrir o caminho a faca" mas, bem, pelo menos isso funcionou.
Aparentemente ele não gostou muito desse jeito um tanto violento de sair, especialmente com o cordão umbilical em torno do pescoço (talvez uma razão para as dificuldades?)... Então ele não quis começar a chorar imediatamente. Assim, de um momento para o outro, a sala estava cheia de médicos e enfermeiras, que o levaram para o outro lado da sala para colocar nele cabos e tubos, enquanto alguns simplesmente iam de um lado para o outro tentando se ocupar... (Não parecia haver espaço para todo mundo realmente fazer alguma coisa, e dois ou três deles realmente pareciam andar a esmo.) Tentamos perguntar o que estava acontecendo, mas ficamos sem resposta. Felizmente eu tinha visto o Daniel mexendo suas pernas, mas mesmo assim foi assustador assistir a tudo e não receber nenhuma informação sobre o que estava acontecendo. No final das contas tudo acabou terminando completamente ok e, depois de alguns minutos de pavor alguém finalmente nos disse que aparentemente os batimentos do Daniel tinham novamente caído e ele não começara a respirar rápido o bastante. Mas depois que ele começou a respirar e chorar, ele estava bem em todos os aspectos.

Talvez a situação realmente tenha sido tão crítica, ou talvez ele apenas precisasse de uma pequena palmada no traseiro - nunca saberemos. Então, se fomos sortudos por estar em um hospital com montes de médicos (excessivamente?) entusiasmados por perto, ou se foi isso o que causou todas essas crises: não fazemos ideia. A única coisa que sabemos é que o período no hospital não foi exatamente divertido. Mas, óbvio, o que importa no final é que nosso pequeno Daniel está finalmente aqui!
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